Nos bosques verdes da antiga Grécia, vivia uma ninfa chamada Eco.
Tal ninfa era a favorita dos deuses, a mesma já havia ajudado Zeus e Diana em suas aventuras.
Certo dia, a deusa Juno estava desconfiada que seu marido a traía, ao ver que a ira de Juno acabaria matando todas as ninfas que estavam com o marido de Juno naquela hora, Eco correu e avisou a todas para que fugissem.
Assim aconteceu, quando Juno chegou ao local, seu marido estava só.
Mas, Juno era inteligente e de alguma forma descobriu que Eco havia ajudado as ninfas e jogou uma maldição em cima da Ninfa: “Eco nunca mais falaria, apenas repetiria as últimas palavras da pessoa que falasse com ela”.
Alguns anos se passaram, e um certo dia, Eco viu um belo jovem, com feições perfeitas, quase divinas.
Tratava-se de Narciso, um jovem rapaz que os deuses odiavam por ter um ego gigante.
Eco apaixonou-se no mesmo instante, mas não conseguiria falar nada.
Narciso, viu a beleza de Eco e decidiu que iria testar seu egocentrismo.
Ele se aproximou de Eco, e quando a jovem hipnotizada pela paixão estava pronta para beijá-lo, Narciso gritou:
- Afaste-se de mim.
Eco apenas respondeu.
- Mim, mim… mim.
Narciso foi egocêntrico, virou de costas e disse:
- Jamais me juntaria a uma ninfa maldita.
Eco, chorou, seu coração estremeceu e ela fugiu daquele local.
Sua tristeza era tão grande que ela se escondeu numa caverna, não comeu nem bebeu nada por dias, até que seu corpo definhou e ela morreu ali, triste e desconsolada.
Juno, ao ver o que aconteceu, contou toda história para a deusa Artêmis.
Artêmis odiou o que houve e resolveu punir Narciso.
Um dia, em suas andanças, ele se deitou junto a uma fonte de água pura para saciar a sede. Mas, no momento em que se inclinava para beber, Ártemis fez com que ele se apaixonasse pelo rapaz que o contemplava na superfície da água: seu próprio reflexo.
Narciso tentou abraçar o amado; mas a água escorria entre suas mãos.
Seu ego era tão grande que a única pessoa pelo qual ele se apaixonara, seria ele mesmo.
Narciso pulou na água e acabou morrendo afogado.
Seu nome passou a ser sinônimo de quem só pensa em si mesmo, dizem quando uma pessoa é assim, ela é uma pessoa Narcisista.
O corpo de Narciso nunca foi encontrado, no lugar onde ele pulou na água, há apenas uma flor roxa e dizem que no mesmo local ainda é possível escutar a voz de Eco, chorando triste por todo desprezo que recebeu.